Finalmente o Facebook começa a pensar, pelo menos, em pagar por vídeos postados,tanto os de perfis pessoais, ou não, quanto os de páginas.
Não é de hoje que o Facebook tenta ser uma potência de vídeo, mas os planos da empresa nunca foram muito adiante a ponto de fazer frente ao YouTube. Agora a empresa começou a falar sério sobre seu investimento em conteúdo em vídeo, como revelado por Mark Zuckerberg durante encontro com investidores.
Na reunião realizada na noite de quarta-feira (1), o fundador da rede social admitiu que vê “o vídeo como uma mega tendência”. No entanto, pelo menos por enquanto, a empresa ainda não fala em avançar com um plano especulado durante a semana, de fechar parcerias com estúdios de TV e criar uma set-top box para dominar os televisores; a ideia é apostar em conteúdos mais curtos... como o YouTube.
“A longo prazo, as pessoas vão experimentar com formas mais longas de vídeos, assim como todos os tipos de coisas diferentes”, disse Zuckerberg. Porém, os vídeos curtos são “o foco primário em um futuro próximo”, completou.
Hoje, o ecossistema de vídeos do Facebook é uma bagunça, mas a ideia é torna-lo mais próximo justamente do YouTube, com uma ferramenta mais eficiente de buscas, e dando maior destaque ao material dentro dos canais. O Facebook quer ter uma “aba” somente dedicado a vídeos.
Mas mais importante do que tornar a plataforma mais atraente para o espectador, é oferecer a ele algo bom para assistir, o que é outro grande déficit do Facebook em relação ao YouTube. O serviço do Google é onde estão os conteúdos mais produzidos, onde há real investimento no material que é publicado, enquanto a rede social é onde viralizam vídeos como o do usuário que gravou seu próprio cachorro fazendo alguma coisa engraçadinha.
Para atrair os vídeos mais produzidos, o Facebook está disposto a abrir a mão e o bolso. “Nosso foco é alavancar o ecossistema para a aba de vídeo. Procuramos por uma vasta gama de conteúdo”, diz o diretor financeiro David Wehner, que afirma que para fazer isso está disposto a bancar o que a empresa chama de “seed content”: pagar para produtores de vídeos criarem material para o Facebook como forma de estabelecer a plataforma e atrair novos produtores, como a empresa fez para promover as transmissões ao vivo do Facebook Live. Com o passar do tempo, a ideia é começar a ter anúncios e dividir parte das receitas com os usuários.
O vídeo é importante para o Facebook por muitos motivos. A empresa sempre se gabou do alto nível de engajamento que sua plataforma oferece, mas o grosso da verba de publicidade ainda é dedicado a TV, porque vídeo é um formato mais querido pelos publicitários do que os banners e outros formatos mais convencionais oferecidos pela rede social. Para começar a ter anúncios em vídeo mais presentes, a empresa precisa de conteúdo também em vídeo que atraia seus usuários.
Fonte: http://olhardigital.uol.com.br/noticia/facebook-revela-plano-de-comecar-a-pagar-por-videos-na-rede-social/65831
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